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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A MALDIÇÃO DO CHICLETE ! Por Dete Morais


Naquela época, anos 70, em Cumbica, minha mãe fazia todas as nossas roupas, exceto as calças compridas e justamente por isso elas se tornavam mais importantes do que as outras peças.




Um belo dia, depois de tanto sonhar, ganhei uma calça listrada boca de sino, bem colorida,
brilhante e bem justinha!!!


Casa da Dete (Cap Geraldo) na BASP em Cumbica



Estava me sentindo toda prosa, o máximo!!! E para estreá-la nada melhor do que um cineminha.

Cine Zé Carioca - BASP - Cumbica

Lá fomos nós no final de semana,  com toda a turma e eu me sentindo a própria pop star!!!

Logo que cheguei antes do filme começar um amigo (da onça) que graças a Deus não lembro quem foi e sei que não vai aparecer aqui também, pois "filho feio não tem pai"... bom, enfim,
este estranho amigo me chamou e pediu que eu sentasse ao lado dele pois queria falar comigo.

Eu toda ingenua sentei ao lado dele e a cadeira estava cheia de chicletes que grudou todo na minha calça.

Fiquei muito chateada com a infeliz brincadeira.

Em casa, tentamos de todo o jeito tirar os chicletes grudados na calça e não conseguimos.

Em tentativa desesperada usamos querosene que acabou manchando a calça e assim eu fiquei sem ela...

Foi para usar somente uma vez...

Dete Morais

O chiclete é composto por gelatina, proteína animal e goma. São substâncias que quando congeladas, abandonam a condição pastosa e tornam-se endurecidas. Portanto, congelando-o, ele vai endurecer, sendo diminuída sua elasticidade e permitindo que você o remova com facilidade, como se ele fosse uma pedrinha.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

EDSON E RICARDO NO MARACANÃ EM 1969


 E EM 1969 , ELIMINATÓRIAS DA COPA DO MUNDO, BRASIL X PARAGUAI, MAIOR PÚBLICO DA HISTÓRIA DO MARACANÃ E LÁ ESTÁVAMOS EU E O RICARDO OTHECHAR.

Ricardo

Edson

domingo, 5 de agosto de 2012

O AVIÃO DE PAPEL

A Vila ao centro e a pista acima

Lá da Vila dos Sargentos nos idos anos 60, em frente minha casa, eu via quase toda a pista dos aviões e ficava vibrando vendo os aviões da BASP decolando, treinando acrobacias, tiros, lançamento de bombas, salvamento, rasantes impressionantes e aterrissando de todas as formas, no início, meio, fim da pista ou arremetendo para outras tentativas. Eram os  Bombardeiros B-25, os de treinamento de caças NA-T6, o de salvamento SA-16 Albatroz, os cargueiros, transporte e paraquedistas C-47, os helicópteros H-13 (bolinha), H-19 e o SH-1D (sapo).
B-25 da FAB - 1967

NA-T6 Esquadrilha da Fumaça FAB

C-47 - 1966

Eu conhecia estes aviões até pelo ruido dos motores além de ter voado neles.

Da mesma forma, eu literalmente "depenava" algum caderno escolar antigo tirando suas folhas fazendo diversos aviões de papel, um tipo robusto, curto, que planava maravilhosamente com longos voos, outro cumprido, tipo avião de caça bicudo que voava com grande velocidade e distância, mas com voos curto e preciso.

Meus aviões de papel faziam de tudo, até levavam passageiros especiais, os besouros, que muitas vezes saiam voando quando percebiam que estavam no alto e isto me deixava maravilhado.

Um dia, inventei um avião de papel da "esquadrilha da fumaça " colocando no meio de sua "fuselagem" pó de terra especialmente escolhido, muito fino e marrom que quando eu atirava o avião no ar, saia um "risco" de pó por trás dele parecendo a fumaça daqueles incríveis aviões. O problema era quando um vento contrário muito forte jogava aquele pó em meus olhos e eu ficava parecendo um índio com máscara de pó, mas eu nunca desistia.

Um dia eu pensei em fazer um daqueles aviões um verdadeiro bombardeiro, colocando pequenos gravetos de bambu em sua fuselagem que no alto, naquelas manobras bruscas do avião de papel, um looping, os gravetos se soltavam e caiam ao solo e eu imitava o barulhos das bombas com a boca quando eles se chocavam ao solo.

O problema foi que numa destas preparações dos gravetos de bambu, forçando com uma faca, uma lasca do bambu penetrou dentro da unha do meu dedão da mão direita até o fundo, ficando somente uma pontinha para fora.

Muita gritaria e choro junto com minha mãe que aflita pediu socorro ao Sargento Travassos, enfermeiro, que morava a duas casas próximo da minha casa e ele me acudiu correndo. Pegando uma pinça de tirar sobrancelhas e numa tentativa só retirou totalmente a lasca de bambu de minha unha.

Na minha unha do meu dedão da minha mão direita tem até hoje a marca deste salvamento!!

E hoje meu aviãozinho de papel carrega uma lágrima preciosa daqueles olhos, que jamais deixarei cair.