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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O calhambeque

Cumbica, Vila dos Sargentos, 1965

Certa vez, meu pai participou de uma equipe de resgate de um avião C-47 que havia descido em emergência numa fazenda na cidade de Pedreira, em São Paulo.

Após uma semana de árduos serviços de substituição de um dos motores em plena fazenda, ao término dos serviços, visitando a sede da fazenda, observou um Ford 1926 totalmente original, ainda com as rodas raiadas em madeira, e fez oferta de compra do carro ao proprietário que surpreendentemente aceitou.

Negócio fechado, meu pai providenciou o transporte do Ford por guincho particular até minha casa, em Cumbica.

Depois de todas as manutenções necessárias, o Ford funcionou perfeitamente após algumas "maniveladas" pois a partida do motor ainda era por manivela em frente do carro, girando-a até o motor funcionar.

Maravilha....tudo funcionou perfeitamente e até a buzina, aquele barulho que parecia um "jegue" maluco: "ahhuuhg" e o apelidamos de "Fordeco".

Meu pai, Sgto Adalberto, com seu Ford 1926

Quem se encantou com o  fordeco foi o Dique que ao escutar o barulho do motor "pipocado" entrava correndo no carro e não saia até dar um passeio ...

Dique, paixonado pelo Fordeco

...que , aliás, aos fins de semana, todos da vila dos Sargentos queriam dar uma volta neste maravilhoso carro, inclusive os parentes.

Neste carro, o acelerador era na mão, por uma alavanca. Os pedais eram três, sendo o da esquerda o freio de estacionamento, do meio a marcha ré e o da direita apertando era primeira marcha e soltando a segunda e última marcha e as marchas poderiam ser passada desacelerando totalmente o motor, com o carro quase parado.

Este carro fez muito sucesso em Cumbica até um dia ser vendido a um colecionador de São Paulo.



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