Total de visualizações de página

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

TRAQUINICES COM GARRAFAS

Portão da Guarda da BASP

Lá em Cumbica, na Base Aérea, as coisas sempre aconteciam em grupo, quando a turma se reunia num bate papo informal ou de acordo com a manifestação da natureza: muito sol significava todos na represinha; tempo carregado ou chuvoso, todos no Cassino dos Sargentos pra jogar sinuca; muito vento, fazer pipas; fim de semana chegando, fazer "bailinho" em alguma garagem.

Sempre estávamos criando alguma atividade ou traquinices e nossa criatividade não tinha limites:
. futebol, futsal, vôlei, queimada

Antiga quadra de vôlei, Av 1

. corrida de carrinho de rolimãs
. pegar colmeias de abelhas
. andar de cavalo ("caçados" nas cercanias da Base)
. pegar frutas pela Base e nas Vilas: gabiroba, caqui, abacate, ameixa, pêssego, maracujá, etc
. jogar pião
. guerra de pipas
. briga de galos
Lucélio e seu galo de briga

. jogar taco (tipo basebol)
. guerra de mamonas no cinema da Base
. campeonatos inusitados:
 pum mais alto, mais fedido ou significando alguma palavra ou nome
 rastro de urina mais comprido numa disputa lado a lado numa rua
 arroto mais sonoro ou mais cumprido

Mas uma traquinice não acabou bem.

O João veio com a notícia que na padaria fora da Base estavam comprando garrafas vazias e garrafas de refrigerantes ou cervejas o valor era maior e com este dinheiro arrecadado poderíamos comprar papel, cola e barbante para fazer pipas, ou comprar pião, ou até mesmo comprar doces ou hot dog no Cassino dos Sargentos.

No começo, fomos procurando garrafas vazias em nossas casas, no mato, no bosque dos Sargentos onde sempre ocorria alguma festa ou churrasco e com elas, enchíamos algumas sacola, as vendíamos na padaria e  já comprávamos o papel para as pipas, colas e piões e bebíamos o refrigerante cerejinha que só havia na BASP.

Cerejinha

Como naturalmente as garrafas começaram a escassear, alguns traquinas resolveram "atacar" as caixas de engradados que eram normalmente guardadas atrás das casas dos vizinhos e claro, a situação ficou preta para todos com as reclamações dos vizinhos, pois todos estávamos procurando garrafas e, portanto, todos fomos acusados.



Situação esclarecida, as garrafas "surrupiadas" foram repostas e todos nós, sem exceção, fomos castigados sem podermos ir ao cinema, jogar futebol ou sair nas ruas da vila por um mês, sem contar os "sopapos" e puxões de orelhas, pois nenhum acusou quem era o traquina que surrupiava as garrafas.

Terminados os castigos, nos reunimos e combinamos que não mais iríamos pegar ou vender garrafas e para celebrar o combinado, fomos pegar alguns pêssegos na árvore do Sargento Machado e, lógico, saímos correndo para não levarmos vassouradas da esposa dele, sem contar também, os caquis que pegávamos na árvore do jardim do Major Ávila, que quase sempre estavam verdes e grudavam na boca !!!


Por acaso você tem garrafas guardadas em casa?

                                     

Um comentário:

Faça seu comentário.