E muito destes dias eu ficava na janela de frente de casa, lá na Vila dos sargentos, olhando para a chuva que não queria cessar, vendo os pingos correrem pelos vidros da janela, um seguindo o caminho do outro, caminho tortuoso e instável.
Num destes dias, fui na minha estante de livros e lá estava " Rosinha minha canoa", um livro belíssimo que todos deveriam ler e o autor, José Mauro de Vasconcelos, no prefácio explica este livro:
"explicação"
... antigamente, quando escrevia, deixava entrever minha ternura mas com muito medo. Queria que todos os meus romances cheirassem a sangue eviessem rotulados com o carimbo de: machos pra burro. Foi preciso que chegasse aos quarenta anos para perder todo o terror de minha ternura a derramar por minhas mãos que queimam de carinho (quase sempre semter ninguém para o receber) a simplicidade deste meu livro. Leia-o quemquiser. De uma coisa estou certo: não tenho nada de que me desculpar perante o público. Apresento, pois, rosinha, minha canoa
E nestes dias cinzentos, ler este livro era como um raio de sol passando por entre as nuvens de chuva, era olhar a natureza com outros olhos, ver as árvores e o mato como seres vivos necessários à nossa própria vida e desta forma, conseguir escutar todas as alegrias e lamentos da mata, das árvores e Cumbica nos apresentava e ainda apresenta nos dias de hoje toda esta exuberância verde.
Do alto, fica perfeitamente claro que Cumbica faz parte desta natureza, onde a mata e o homem vivem em perfeita harmonia.
E nada mais perfeito de se ver e sentir o perfume da natureza após as chuvas e o retorno do sol e é nesta sinfonia perfeita da orquestra natureza é que vivemos um dia e vivem hoje os meninos e meninas de Cumbica e seus sorrisos é a prova disto mostrados em apenas alguns MENINOS E MENINAS DE CUMBICA...
Estes meninos e meninas de Cumbica num reencontro após 40 anos
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