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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

HARAS DE CUMBICA


Mas não é que naquele dia apareceu o Cláudio e o João Alves com um cavalo branco, puxado pela boca com uma corda dizendo que ele estava perambulando solto pela avenida que ladeia as cercanias da BASP, Av Monteiro Lobato, que naquela época era de terra batida e cavalos abandonados nesta avenida era normal.

Casa do Cláudio em Cumbica - BASP

Para evitarmos que este cavalo também fosse transferido para a fazendinha da base, lá perto do Bosque dos Sargentos, na Av 1, no meio da mata fizemos uma cabana e um  cercado de bambus, amarrados com cipós e gravetos.

Todos os dias, com um facão, cortávamos capim gordura para o cavalo além de milhos e sal surrupiados das cozinhas de nossas mães.

Para fazermos a cela do cavalo, tivemos a idéia de irmos ao CEMITÉRIO DE AVIÕES que ficava na cabeceira da pista e pegamos um banco de um avião sucateado já semi desmontado e o improvisamos como uma cela.

Outro cavalo apareceu abandonado na mesma avenida perambulando solto, igualmente levado para o cercado, tratado e com nova cela de avião.

Estava formado o "Haras de Cumbica".

Pronto...o orgulho de montarmos nossos cavalos, muito bem tratados pela Vila dos Sargentos era compartilhado de todos os meninos de Cumbica e todos davam suas "galopadas" pela vila, inclusive brincando de "cow boy" com laçadas.

Mas a alegria não durou muito, pois logo os comentários chegaram aos ouvidos do Comandante da Base, que outra vez enviou os cavalos para a fazendinha.

Para matarmos a vontade de andar de cavalo e ver "nossos cavalos" íamos até a fazendinha e aproveitávamos para pegar goiabas das inúmeras goiabeiras existentes por lá...

... mesmo a contra gosto do responsável pela fazendinha.


Esta história, verdadeira, é em homenagem ao amigo Cláudio Garcia, filho do Sargento Garcia (pancho Garcia) por nos termos reencontrado após 43 anos e me enviou um email relembrando esta historia:

Trecho do relato enviado pelo menino de Cumbica, Cláudio Garcia, por Email, relembrando emocionado deste fato:

Cláudio Garcia

""OS CAVALOS QUE PEGÁVAMOS FORA DA BASE QUE TRAZÍAMOS E OS ESCONDÍAMOS NAS CABANAS QUE FAZÍAMOS NO MATO COM BAMBU, CIPÓ E GRAVETOS E OS ALIMENTÁVAMOS DE MILHO E SAL, QUE PEGÁVAMOS ESCONDIDOS DE NOSSAS MÃES E CAPIM GORDURA, AS CELAS QUE IMPROVISÁVAMOS ATRAVÉS DE BANCOS DOS AVIÕES SUCATEADOS NA BEIRA DA PISTA, ENFIM, MUITA SAUDADE MESMO DAQUELES TEMPOS, MEU QUERIDO AMIGO!! ""

Tempos que não voltam mais, mas que jamais se vão.

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