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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

UM DIA DE APICULTURA - foi sem querer querendo!!

Naquela tarde ensolarada de Cumbica, o Cláudio estava no quintal da casa dele
 tocando violão, com os pés em cima de uma bola de futebol quando, de repente, um enxame de abelhas apareceu voando em cima da cabeça dele e gritou para o Lucélio:

<< VI UM ENXAME DE ABELHAS, ELAS FORAM POR ALI, VAMOS PROCURAR O FAVO>>
<< OK...VAMOS >> respondeu Lucélio.

Foram em direção à mata, acima da casa deles e depois de muito procurar, acharam:
<< CARAKA !!!...INCRÍVEL !!!>> falaram juntos.


Um enorme cacho de abelhas dependurado num galho de uma árvore.
<<CHEINHO DE MEL PURINHO PRA GENTE SE DELICIAR>> sussurrou o Lucélio.

O Cláudio disse:
<< VAMOS COM CALMA...VAMOS VOLTAR, TRAZENDO UNS FACÕES, BAMBUS, JORNAL, CAIXA DE FÓSFOROS E ALGUMAS PANELAS DE NOSSA MÃE, POIS DEVE TER MUITO MEL NESSE CACHO, E VAMOS PEDIR AJUDA AO EDSON, MILTON E AO JOÃO ALVES>>
<< CERTO!...SIM, VAMOS, MÃOS A OBRA!!>> disse o Lucélio com os olhos arregalados.

Com todo material à mão, acompanhados de mim, Milton e João Alves nos dirigimos ao local.

De longe, o Cláudio nos mostrou a preciosidade e ficamos maravilhados com o tamanho do cacho de abelhas.

O João disse baixinho espantado:
<< É MUITO MÉ PRA GENTE, RAPAZIADA!...VAMUS NUS DELICIAR COM MUITO MÉ POR MUITOS DIAS, SÔ !!>>
<< IGUAL FIZEMOS COM O ABACATEIRO DA DONA EUDÓCIA?!.. E VAMOS COM CALMA,  CERTO?>> disse o Cláudio
.
Continuamos indo em direção ao "tesouro", num matagal cheio de capim navalha, abrindo caminho com o facão, num local jamais penetrado por um ser humano, fazendo de nossa aventura um grande momento.

Capim navalha

Na trilha aberta, seguimos nessa ordem, à frente o Cláudio, depois Lucélio, João Alves, Milton e eu.

Eu, que estava por último, levava uma grande pedra no bolso e quando estávamos bem perto do cacho,
num ímpeto de retirar o cacho da árvore que era muito alta para escalar, arremessei a pedra que atingiu o cacho bem próximo onde estava fixado na árvore, um tiro certeiro e o cacho caiu inteiro estourando ao chocar-se ao chão.

Vendo aquele turbilhão de abelhas saindo do cacho, gritei:
<< SEBO NAS PERNAS GENTE! PERNAS PRA QUE TI QUERO! É MUITA ABELHA RAPAZIADA!! VAMOS CORRER, MULECADAAA!! UAAAAUUUUUUU......>>

As abelhas enfurecidas mergulharam em cima da gente, milhares!!, milhões delas!!

Naquele sufoco, na correria de volta pela trilha muito fina, correndo os quatro juntos, eu que estava à frente tropecei e os demais foram caindo em seguida por todos os lados e as abelhas impiedosamente dava-nos ferroadas por todo lado.

O Cláudio que estava por último, caindo de cabeça, com as pernas para cima, facilitou a entrada de abelhas pelo short e picaram todo o "saco" dele.

Ele gritava:
<< MEU SACOOOO! PÔXAAAA, QUE SACANAGEM DO EDSON!! >>

O João também gritava muito e reclamava por perder o mel.

Eu, o Milton e o Lucélio, Cláudio e João disparamos de volta todos ferrados, na maior gargalhada.
A Dona Letícia, mãe do Cláudio e Lucélio teve que, além de tirar os ferrões das abelhas, passar muito álcool, compressas quentes e muitos curativos nos dois, principalmente no "saco" do Cláudio, além de alguns "sopapos" pela arte.

Ficamos todos os quatro inchados da cabeça aos pés sem poder sair na rua por vários dias aguentando a gozação do resto da turma por muito mais dias.

MORAL DA HISTÓRIA:

QUER MEL?...COMPRE NO REEMBOLSÁVEL (mercado dos militares) E DEIXE AS ABELHAS EM PAZ.

Um comentário:

  1. iSTO FOI MUITO TRISTE ,JA PASSEI POR ISSO VARIAS VEZES, ALEM DE DOER MUITO, PARECE QUE A DOR NUNCA MAIS VAI PARAR. CUMBICA TINHA MUITA, GABIROBA, ARAÇA´, MARACUJA NOS MATOS. AGENTE IA PEGAR E AS ABELHAS ATACAVAM, FIQUEI COM MUITA DO DE VOCES, DEVE TER SIDO HORRIVEL . ASS:LOURDES

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