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sábado, 10 de março de 2012

UM DIA QUE NÃO DEU CERTO

Sempre após as aulas e tarefas de casa, íamos jogar futebol na quadra de vôlei que ficava entra a Av 1 e Av 2 na Vila dos Sargentos.


Foto recente da antiga quadra


Bem abaixo da quadra, numa das casas, a do Sgto Machado, havia uma linda e maravilhosa árvore, uma pessegueira, carregada de pêssegos amarelinhos e sempre que possível, chutávamos a bola no quintal e ao buscar a bola, surrupiávamos um pêssego e junto com ele vinha uma tremenda bronca da esposa do Sgto Machado, mas valia a pena. E a bola ia caindo sucessivamente até cada um pegar seu pêssego e levar a sua bronca.




Num destes dias, o Cláudio soube que os moradores estavam viajando e logo disparou seu arauto comunicando toda a turma e lá fomos nós jogar nossa pelada diária já preparados para a merecida visita à pessegueira: eu, o Cláudio, o Lucélio, Milton, João Alves, Flávio Almada, Ricardo, Alexandre, Roberto, Beco, Marcão, Sheike, Vanderlei , Wade Piccinini e Ivo Pozzoli.


Sgto Machado, acima do segundo em baixo, com cigarro na boca

Quando o futebol acabou, todos saímos numa disparada até a árvore e o João Alves já estava preparado com um saco e nós iríamos improvisar com a camisa para carregar os pêssegos.

Eu, o Cláudio e João Alves, escalando rapidamente, já estávamos nos galhos mais altos, alguns nos galhos intermediários e outros na parte mais baixa da árvore. Uma verdadeira invasão, de tal maneira que a árvore estava vergando devido o peso dos meninos.

Mas... (sempre aquele famoso "mas")... de repente, um berro e lá em baixo estavam o Sgto Machado e a sua esposa esbravejando contra a invasão dos meninos.

A turma que estava na parte intermediaria e na parte baixa, pulou e saiu rapidamente do local e nós três na parte de cima, ficamos pedindo a Deus para criarmos asas para voar.

O Sgto Machado  começou a balançar os galhos para nós cairmos mas o que despencava era um monte de pêssegos e o João gritava: << ooooooopaaaaa, lá vai pêssegoooooo !!>> e o homem ficava cada vez mais irado.

Numa providencial pequena parada de balançar a árvore para ir pegar um bambu  e uma corda que havia no local, eu e o Cláudio descemos, pulamos fora da árvore correndo e gritando: "cebo nas canelas", porém o João ficou lá em cima protegendo as frutas que havia colhido.

O Sgto Machado amarrou a corda no galho em que o João estava e começou a vergá-lo e o João gritava: << " lá vai pêssegooooooo " >> mas quem veio abaixo foi o João junto com o galho que quebrou.


Ao cair ao chão, todos os pêssegos colhidos se esparramaram e ele saiu numa disparada para não ser pego.


Como estávamos todos acima do barranco da casa, começamos a vaiar e o Sgto Machado muito bravo saiu correndo atrás da gente, porém já estávamos bem longe. 


O fato é que a esposa do seu Machado colheu todos os pêssegos caídos e nós não conseguimos  nenhum.


Depois de um amargo castigo de 15 dias sem cinema e futebol, por um bom tempo deixamos de jogar futebol na quadra, depois retornamos, jogamos, o tempo passou, a árvore carregou de novo e nós, desta vez, num acordo com o Sgto Machado, subimos na árvore, colhemos os pêssegos e dividimos em partes iguais, mas assim, os pêssegos não eram gostosos.


Haja pêssegos pra esta turma !



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