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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

BRIGA DE GALO

Quando eu estava no primeiro ano ginasial no Colégio Claretiano de Guarulhos, um dia, em frente a escola, estavam distribuindo dentro de uma caixinha, pintinhos de alguma granja da região. Lógico que eu também peguei o meu e levei para casa, em Cumbica.

Em casa, logo o pintinho todo amarelinho entrou na graça de todos, inclusive do Dique que o cheirava bastante e abanava o rabo.

Mas, uns dias depois, com o inverno rigoroso de Cumbica, percebemos que o pintinho não andava e isto deixava-nos muito tristes pensando que ele ia morrer.

Devido a isto, meu pai pegou uma caixa de sapato, fez vários furos nela e um furo maior em cima e colocou uma lâmpada de 15 watts, suficiente para aquecer o pintinho e minha mãe passou vick vaporube nas pernas dele, repetindo isto por dois dias.


No terceiro dia, ouvimos muitos piados e abrimos a caixa e o pintinho saiu todo selerepe bicando o chão e nos deixou muito alegres. Ele estava curado.

Logo ele foi crescendo, tornando-se um frango branco e com ração especial comprada em Guarulhos ele cresceu bastante, virando um Galo branco com a crista bem vermelha e assim, as esporas nas pernas tornavam-se salientes e pontudas e nesta fase ele não gostava muito de brincadeiras.

Para a alegria do galo, minha mãe comprou duas galinhas no mercado de Guarulhos e em pouco tempo elas já estavam botando ovos pelas gramas altas do fundo de casa e minha irmã estava com a incumbência de procurar os ovos quando a galinha começava a cacarejar.

Certo dia, o João apareceu na Vila com um galo de briga e o Cláudio também e os dois viviam andando com eles em baixo do braço e sempre os dois galos se enfrentavam mas por curto tempo, sem se machucarem pois cobriam as esporas.

Tipo do galo do João

Tipo do galo do Cláudio

O João vendo que meu galo cresceu e era muito bravo, pediu que eu o levasse para a casa do Cláudio para ver o que aconteceria.

Tipo do meu galo

O que aconteceu é que meu galo botou os dois pra correr e nunca mais eu quis este tipo de brincadeiras.

Passado algum tempo, meus pais quiseram se desfazer do galo e o Sargento Di Célio, espantado com o porte dele, o levou pra casa dele e nunca mais vi meu "galo de briga", aquele pintinho amarelo que não queria andar.

Moral da história:

" Mais vale um galo em seu galinheiro do que dois se arrebentando "


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