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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A REPRESINHA, A MALDADE E O PREMIO

E numa tarde de verão, com muito calor, após uma partida de futsal, resolvemos nadar na represinha, eu, o Milton, o Ricardo, Alexandre, Roberto, Beco, João Alves, Cláudio, Lucélio, Reinaldo, Vanderlei e Sílvio, lógico, acompanhados de nossos  mascotes Lina e Pitoco. Sem dúvida uma turma muito falante, alegre e criativa.

Represinha (foto real do local) - BASP

Como de praxe, todos mergulhamos de cuecas e o João pelado, como um verdadeiro naturalista.


Outra vista da represinha (foto real do local) - BASP


O corre que lá do alto, pois a represinha fica num pequeno vale e sem vista direta da represa, ficam algumas casas de oficiais (Tenente) e muitas vezes vimos que uma senhora sempre nos espreitava vendo nossas brincadeiras, mergulhos, saltos "mortais"e bombas nas águas, porém nunca demos importância a este fato.


Casa de Tenente semelhante, próxima da represinha

O problema é que a maldade realmente está muitas vezes incrustada na mente das pessoas, pessoas que não suportam alegria, que cultuam a tristeza disfarçada num manto de pseudo-moral e esta pessoa deu parte (reclamação) ao oficial de dia da BASP e alguns dias depois fomos proibidos de nadar na represinha.




Foi tão absurda a reclamação desta senhora que se ela viu documentário na televisão de índios nadando pelados no Rio Xingú na amazônia, deve ter reclamado da "senvergonhice" deles ao governo federal, da mesma forma que muitas "seitas" religiosas "infeccionaram" as culturas indígenas com os pecados dos "cara pálidas".



Mas Cumbica com sua natureza que sempre esteve ao nosso lado, nos ofereceu em contra partida um porto de areia mais distante das Vilas, porém com águas e "praias" irresistíveis e não nos fizemos de rogados agradecendo Cumbica pelos seus dotes e, numa forma de contestar, todos nadávamos pelados naquelas águas.

Antigo porto de areia usado para a construção da BASP
aterrado para construção do Aeroporto Internacional de Cumbica

Mas....sempre tem um "mas"... um belo dia, com sol muito forte, com a fama do porto de areia espalhado entre os meninos e meninas de Cumbica, estávamos como sempre nadando pelados, inclusive o Alexandre saindo da água correndo e dando suas famosas "bombas", quando de repente aparecem algumas meninas da Vila dos oficiais, inclusive a filha daquela senhora "moralista" e entraram na água em outra parte do porto de areia e por cerca de duas horas nenhum de nós saímos da água até elas irem embora e quando saímos, gargalhamos até perder os fôlegos, principalmente o Alexandre.


Alguns dos meninos de Cumbica - Da esquerda para a direita
Jaques, Alexandre Othechar (acima), Ivo Pozzoli, Silvio Porto,
Rubens Drummond - Beco (acima) e Mertens

Passado algum tempo, retiramos a placa de proibido nadar da "nossa" represinha e a reconquistamos, uma vez que a dita senhora havia mudado da BASP e levado sua fraqueza moral para outras paradas.

 Como premio devido as atividades dos meninos de Cumbica, tanto esportivas, culturais e sociais, em 1967 o Comando da BASP aprovou a construção em primeiro lugar na Vila dos Sargentos o Clube dos Suboficiais e Sargentos com salão de festas,...

So Drummond no Carnaval no recem inaugurado
Clube dos SO e Sgts - BASP

... quadra poli esportiva, churrasqueiras e piscinas em local alto e privilegiado, inaugurado em 1968..
Foto de estréia da piscina do Clube dos SO e Sgts - BASP
Alexandre Othechar, amiga, SO Alberto Othechar e Denise Othechar

 ... e três anos após, o Clube dos Oficiais, localizado onde antes era o Grupo Escolar João Ribeiro de Barros, na Vila dos Oficiais.

Quadra (foto real do local) - Clube So e Sgts BASP

Foto real - Clube So e Sgts - BASP
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domingo, 23 de outubro de 2011

A BANDA MAIS FAMOSA DE CUMBICA - THE HARDS

                                             


E o Luis Wade resolveu fazer um "bailinho" na garagem da casa dele e a turma toda resolveu cooperar, limpando a garagem, instalando "luz negra", comprando bebidas e as meninas providenciando os salgados.

Casa do Wade (esquerda) e a do Sílvio (centro) 

Nada melhor que o THE HARDS para abrilhantar a festa iniciando o baile e depois com as vitrolas, pois todos queriam dançar.


O Sílvio, solista e vocal do conjunto, tocou e cantou maravilhosamente a música preferida do Wade, "HEY JUDE", dos Beatles.

http://youtu.be/eDdI7GhZSQA


Clique para escutar a música
Paul McCartney

O Luis Wade dançou a música com a Marilda (gêmeas) e no final da música estavam namorando.

As meninas de Cumbica na festa eram a Yára (minha irmã), as gêmeas Marilda e Marilza, Sonia (irmã do Silvio), Lilian Arno, Júlia e Vera Leônidas, Cristina Othechar, Ana Maria (sobrinha do Sgto Nunes), Wendie Piccinini (irmã do Wade), Kátia (irmã da Dna Sum), Deolinda, Sônia ( irmã do João Alves), Telma Thomás,
Mercedes Casal e Maria da Graça Casal.

Os meninos de Cumbica eram, eu (Edson), Milton (meu irmão), Ricardo e Alexandre Othechar, Luis Wade Piccinini, João Alves, Reinaldo (sheik), Vanderley, Silvio, Ivo Pozzoli, Roberto e Rubens (beco) Drummond, Marcos, Gilberto (giba), Celso Ávila, Duval, José Carlos Leônidas (Zeca), Raul Bráulio, Aluísio (boca mole), Fernando e Átila.

In memorian: Luis Wade Piccinini, José Carlos Leônidas (Zeca), Ivo Pozzoli

E Pepino de Capri era um dos mais disputados long plays para dançar


                                      
                                                                   clique para escutar

E para alegrar o ambiente, Jorge Ben, "Chove chuva":

                                    
                                                                     clique para escutar

E no final, lá pelas 4 da madrugada, o baile explodia com os Roling Stones.

Luis Wade Piccinini, também artista plástico, com suas pinturas modernas, abstratas, de uma explosão de traços coloridos, mostrando que sua alma estava bem adiante de nosso tempo, tão adiante que o destino o levou para este tempo que um dia todos nos reencontraremos.

Do Luis Wade Piccinini, ficou uma homenagem da Prefeitura Municipal de Guarulhos dando o nome dele numa importante rua de Guarulhos, Rua Luis Wade Piccinini, um menino de Cumbica, com toda honra. 
Após a festa, ele saiu sozinho andando pelas ruas da Vila dos Sargentos, desaparecendo aos pouco com
a neblina de Cumbica...
... para sempre.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

BRIGA DE GALO

Quando eu estava no primeiro ano ginasial no Colégio Claretiano de Guarulhos, um dia, em frente a escola, estavam distribuindo dentro de uma caixinha, pintinhos de alguma granja da região. Lógico que eu também peguei o meu e levei para casa, em Cumbica.

Em casa, logo o pintinho todo amarelinho entrou na graça de todos, inclusive do Dique que o cheirava bastante e abanava o rabo.

Mas, uns dias depois, com o inverno rigoroso de Cumbica, percebemos que o pintinho não andava e isto deixava-nos muito tristes pensando que ele ia morrer.

Devido a isto, meu pai pegou uma caixa de sapato, fez vários furos nela e um furo maior em cima e colocou uma lâmpada de 15 watts, suficiente para aquecer o pintinho e minha mãe passou vick vaporube nas pernas dele, repetindo isto por dois dias.


No terceiro dia, ouvimos muitos piados e abrimos a caixa e o pintinho saiu todo selerepe bicando o chão e nos deixou muito alegres. Ele estava curado.

Logo ele foi crescendo, tornando-se um frango branco e com ração especial comprada em Guarulhos ele cresceu bastante, virando um Galo branco com a crista bem vermelha e assim, as esporas nas pernas tornavam-se salientes e pontudas e nesta fase ele não gostava muito de brincadeiras.

Para a alegria do galo, minha mãe comprou duas galinhas no mercado de Guarulhos e em pouco tempo elas já estavam botando ovos pelas gramas altas do fundo de casa e minha irmã estava com a incumbência de procurar os ovos quando a galinha começava a cacarejar.

Certo dia, o João apareceu na Vila com um galo de briga e o Cláudio também e os dois viviam andando com eles em baixo do braço e sempre os dois galos se enfrentavam mas por curto tempo, sem se machucarem pois cobriam as esporas.

Tipo do galo do João

Tipo do galo do Cláudio

O João vendo que meu galo cresceu e era muito bravo, pediu que eu o levasse para a casa do Cláudio para ver o que aconteceria.

Tipo do meu galo

O que aconteceu é que meu galo botou os dois pra correr e nunca mais eu quis este tipo de brincadeiras.

Passado algum tempo, meus pais quiseram se desfazer do galo e o Sargento Di Célio, espantado com o porte dele, o levou pra casa dele e nunca mais vi meu "galo de briga", aquele pintinho amarelo que não queria andar.

Moral da história:

" Mais vale um galo em seu galinheiro do que dois se arrebentando "


terça-feira, 11 de outubro de 2011

O MENINO E O PARDAL

Todos os dias, após o almoço, eu ia ao lado de minha casa brincar com meus brinquedos, que o Dique insistia em pegá-los, sair correndo e eu atrás até ele largar em qualquer lugar e sumir pela Vila para seus passeios.

Ao lado de minha casa, o terreno era dividido com o terreno do vizinho com árvores de ciprestes  e todos os dias, no topo do primeiro cipreste, próximo da rua, aparecia um pardal e ficava chilrando.

Ciprestes

Fiquei observando o chilrado do pardal e comecei a imitá-lo.

O interessante é que o pardal inicialmente ficava me fitando e após alguns dias começou a responder...


Eu chilrava (com assobio) e ele respondia pulando de galho em galho. Isto se repetindo por muito tempo até que um dia vi meu amigo pardal pulando nos galhos e atrás dele vinha outro pardal, só que filhote e de repente o filhote tentando voar veio para o chão bem próximo de mim.


O pardal começou a chilrar forte e eu respondia e o filhote batia as asas mas não levantava voo.

Cheguei perto, o pardal se calou e o filhote ficou meio assustado mas não saiu do lugar.
Peguei o filhote com cuidado e num impulso para cima joguei-o no ar e ele bateu forte as asas e voou pra junto do outro pardal e os dois saíram voando.


No dia seguinte, os dois pardais estavam no topo do cipreste e chilravam e eu imitava e num instante, os dois voaram juntos e isto se repetiu por muito tempo...até eu os esquecer.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

FOTOS DA BASP - Cumbica

Antiga Estação de Trem de Cumbica

Hoje, a antiga estação de trem transformada em lavanderia da BASP

Foto da época da construção da BASP -  29 agosto de 1944

Antigo angar do Esquadrão de Suprimento e Manutenção e hangar do adestramento
Portão da Guarda - Entrada principal da BASP - Base Aérea de São Paulo - Cumbica

Entrada frontal do Rancho - Rampa esquerda dos  Soldados, Rampa direita, dos Suboficiais e Sargentos
Naquele portão em baixo, ficava o antigo Rembolsável (supermercado)

Rancho dos Oficiais

Prédio do Comando da BASP - Alvorada, hora de colocar a Bandeira Nacional no mastro.

Prédio do Comando da BASP - vista noturna

Entrada do museu da BASP, entrada lateral, na frontal era o antigo Almoxarifado

Esquadrão Suprimento e Adestramento

Antiga Capela da BASP e ao fundo, o prédio da Infantaria de Guarda (IG)

Igreja da BASP (atual)

Cinema da Base

Entrada do Cinema da BASP
Cine Zé Carioca

Cassino dos Oficiais

Cassino dos Suboficiais e Sargentos

Escola de Aperfeiçõamento de Oficiais da Aeronáutica
EAOAR

Rádio e Telegrafia


BINFA



Video: ASSIM ERA A BASP

Vila dos Sargentos

Vila dos Oficiais - Cumbica

Lagoa da Base

21º encontro dos Veteranos da BASP - 08/10/2011

Veteranos de Cumbica


Suboficial Arcanjo - organizador do encontro
Veteranos de Cumbica

Boas vindas do Comandante da BASP

Vista geral dos participantes

SO Bustamante à direita

Raimundo
Funcionário do Cassino dos SO e Sargentos  
1957 a 1990

Vista geral do enconto

Bosque do Vale - Cumbica - BASP


Ao fundo a garagem

Casas de Suboficiais


Praça atrás do prédio do Comando - BASP


Represinha localizada entre as Vilas
Recanto outrora exclusivo aos filhos dos sargentos
Represa construida na época da construção das Vilas


Piscina do Clube dos SO e Sargentos - Vila


Vista do "Hangar Duplo" (ESM)
Vista pelo Rancho
Cumbica - Vista aérea
Hangar duplo - BASP - Vista áerea

                     Aviões e Helicópteros da época dos Meninos de Cumbica - 1957 a 1972

Helicóptero H-19  

Helicóptero H-13

B-25

B-25

A-20

B-26

Beech - C-45

Regente

SA-16 Albatroz - Esquadrão Pelicano - SAR
Busca e Salvamento

NA-T6

Coração do NA-T6

Helicóptero SH-1D


C-47


Catalina


Caça F-80

         Meteor  F-8  4407 FAB


Hércules C-130  FAB

DHC-5  BUFFALO  FAB


                                        
clique para ver o video
Parque de Aeronáutica - PAMA SP
Aeroporto de Congonhas - SP
Funções dos militares da FAB
TV Tupi 1968