Na vontade de ir para praia, juntou meu pai e minha mãe neste bate papo e surgiu a ideia de acamparmos na praia, na cidade de Praia Grande, pois o Sílvio tinha uma barraca para quatro pessoas.
Praia Grande - SP
Como estávamos em seis pessoas contando com o Sílvio, ficou decidido que meu pai, minha mãe e a Yára, minha irmã, iriam dormir dentro da DKW Vemaguet, pois baixando os bancos traseiros, virava uma perfeita cama de casal. Eu, o Milton e o Sílvio dormiríamos na barraca.
A nossa cachorrinha de nome "pretinha" também iria nesta viajem.
Tudo acertado, compramos os refrigerantes e minha mãe preparou deliciosas tortas de palmito, bolos e doces.
No sábado, carregamos a Vemaguet, pegamos nossa cachorrinha "pretinha" e seguimos pela Estrada Velha de Santos, Caminho do Mar, que naquela época era aberta para trânsito de automóveis e não precisava pagar pedágio.
DKW Vemaguet
trecho de descida e vista do mar
O Cruzeiro marca o encontro dos caminhos do Padre José de Anchieta e do Mar
Mais um monumento da Estrada Velha de Santos e leva esse nome em homenagem ao governador da Capitania de São Paulo José Bernardo Maria de Lorena, que entre 1789 e 1792 construiu a Calçada de Lorena. (trecho antigo desta estrada)
MONUMENTO DO PICO - Erigido em 1922 no local onde 130 anos antes a Câmara de São Paulo mandara construir um monumento ao governador Lorena.
É o ponto mais alto da Calçada do Lorena
É o ponto mais alto da Calçada do Lorena
Pouso de Paranapiacaba - Construido em 1922
Vista por trás do Pouso de Paranpiacaba
Vista aérea de trecho da Estrada Velha do Mar
Ponte Pênsil - São Vicente/SP
Depois de parar em todos os monumentos, entramos na cidade de Cubatão e seguimos para Santos, São Vicente e atravessamos a Ponte Pênsil com seu assoalho de madeira bastante ruidoso com os carros passando.
Preparamos a parte traseira da Vemaguet para ficar como cama de casal:
Rebatendo os bancos traseiros da Vemaguet
Depois de muita praia, muitas brincadeiras, castelos de areia, sol e pic-nic e banho de água doce fria, à noite, muito cansados, nos preparamos pra dormir. Instalamos uma lanterna amarrada no teto da barraca para iluminar e a "pretinha" ficou junto, dentro da barraca. Meus pais com a Yára, dentro da Vemaguet.
À noite, após muitas piadas e histórias de medo, finalmente dormimos.
Pela manhã ao acordarmos, um susto e gargalhadas...a cabeça do Sílvio estava literalmente coberta com areia jogada durante a noite pela "pretinha" que teimava em fazer buracos. O Sílvio correu para o mar para tirar a areia dos cabelos e a pretinha atrás, latindo, numa cena de pastelão.
Mais um dia de praia, sol e pic-nic, banho frio e desmontamos o acampamento e iniciamos o retorno para Cumbica. Mas a festa não acabou por aí, pois meu pai ainda tinha uma surpresa deliciosa !
Ao atravessarmos de volta a Ponte Pênsil, paramos numa doceria espetacular bem ao lado da ponte, a CASA DAS BANANADAS, existente até os dias de hoje.
Casa das Bananadas - Ponte Pênsil ao fundo
Vista interna da doceria Casa das Bananadas
O Retorno foi pela Via Anchieta, com muitas gargalhadas pelas tripulias da pretinha.
Magnífico! Fui aluno no Clarê (claretiano entra burro e sai baiano) de 65 a 72. Lembro-me do ônibus, azul, da Base.
ResponderExcluirJá pesquei naquele rio, em Cumbica, uma vez,bem debaixo daquela ponte. O rio era chamado de 7 pontes. Meu pai, eu e alguns amigos pescamos muitos mandis. Um garoto que estava junto levou uma ferroada de um mandi. Naquele dia tivemos de caminhar pela Monteiro Lobato até pegarmos um ônibus em frente a uma igreja. Bons tempos!Muita simplicidade e felicidade!