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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

ACAMPAMENTO NA PRAIA GRANDE - SP

Um dia, num bate papo em casa, na Vila dos Sargentos, eu, meu irmão Milton e nosso amigo Silvio falávamos sobre as praias de Santa Catarina, pois o Sílvio, como catarinense, conhecia todas e falava maravilhas sobre elas.

Na vontade de ir para praia, juntou meu pai e minha mãe neste bate papo e surgiu a ideia de acamparmos na praia, na cidade de Praia Grande, pois o Sílvio tinha uma barraca para quatro pessoas.

Praia Grande - SP

Como estávamos em seis pessoas contando com o Sílvio, ficou decidido que meu pai, minha mãe e a Yára, minha irmã, iriam dormir dentro da DKW Vemaguet, pois baixando os bancos traseiros, virava uma perfeita cama de casal. Eu, o Milton e o Sílvio dormiríamos na barraca.

 A nossa cachorrinha de nome "pretinha" também iria nesta viajem.

Tudo acertado, compramos os refrigerantes e minha mãe preparou deliciosas tortas de palmito, bolos e doces.

No sábado, carregamos a Vemaguet, pegamos nossa cachorrinha "pretinha" e seguimos pela Estrada Velha de Santos, Caminho do Mar, que naquela época era aberta para trânsito de automóveis e não precisava pagar pedágio.

DKW Vemaguet

trecho de descida e vista do mar

A Estrada Velha de Santos é um verdadeiro museu ao ar livre, com vários monumentos da época imperial, com vistas espetaculares, estrada que hoje só é permitido o passeio de bicicleta ou a pé.
            O Cruzeiro marca o encontro dos caminhos do Padre José de Anchieta e do Mar

Mais um monumento da Estrada Velha de Santos e leva esse nome em homenagem ao governador da Capitania de São Paulo José Bernardo Maria de Lorena, que entre 1789 e 1792 construiu a Calçada de Lorena. (trecho antigo desta estrada)

MONUMENTO DO PICO - Erigido em 1922 no local onde 130 anos antes a Câmara de São Paulo mandara construir um monumento ao governador Lorena.
É o ponto mais alto da Calçada do Lorena

Pouso de Paranapiacaba - Construido em 1922

Vista por trás do Pouso de Paranpiacaba

Vista aérea de trecho da Estrada Velha do Mar

Ponte Pênsil - São Vicente/SP

Depois de parar em todos os monumentos, entramos na cidade de Cubatão e seguimos para Santos, São Vicente e atravessamos a Ponte Pênsil com seu assoalho de madeira bastante ruidoso com os carros passando.

Chegando à Praia Grande, buscamos local tranquilo, antes da Cidade Ocian e preparamos a barraca em plena praia. A Vemaguet ficou ao lado da barraca, também dentro da praia onde era possível entrar carros.

Preparamos a parte traseira da Vemaguet para ficar como cama de casal:

Rebatendo os bancos traseiros da Vemaguet

Depois de muita praia, muitas brincadeiras, castelos de areia, sol e pic-nic e banho de água doce fria, à noite, muito cansados, nos preparamos pra dormir. Instalamos uma lanterna amarrada no teto da barraca para iluminar e a "pretinha" ficou junto, dentro da barraca. Meus pais com a Yára, dentro da Vemaguet.

À noite, após muitas piadas e histórias de medo, finalmente dormimos.

Pela manhã ao acordarmos, um susto e gargalhadas...a cabeça do Sílvio estava literalmente coberta com areia jogada durante a noite pela "pretinha" que teimava em fazer buracos. O Sílvio correu para o mar para tirar a areia dos cabelos e a pretinha atrás, latindo, numa cena de pastelão.


 
Mais um dia de praia, sol e pic-nic, banho frio e desmontamos o acampamento e iniciamos o retorno para Cumbica. Mas a festa não acabou por aí, pois meu pai ainda tinha uma surpresa deliciosa !
Ao atravessarmos de volta a Ponte Pênsil, paramos numa doceria espetacular bem ao lado da ponte, a CASA DAS BANANADAS, existente até os dias de hoje.

Casa das Bananadas - Ponte Pênsil ao fundo

Vista interna da doceria Casa das Bananadas

O Retorno foi pela Via Anchieta, com muitas gargalhadas pelas tripulias da pretinha.


Um comentário:

  1. Magnífico! Fui aluno no Clarê (claretiano entra burro e sai baiano) de 65 a 72. Lembro-me do ônibus, azul, da Base.
    Já pesquei naquele rio, em Cumbica, uma vez,bem debaixo daquela ponte. O rio era chamado de 7 pontes. Meu pai, eu e alguns amigos pescamos muitos mandis. Um garoto que estava junto levou uma ferroada de um mandi. Naquele dia tivemos de caminhar pela Monteiro Lobato até pegarmos um ônibus em frente a uma igreja. Bons tempos!Muita simplicidade e felicidade!

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