Vila dos Sargentos - BASP
Eu fui transferido para o Grupo Escolar Santos Dumont, no centro da Penha; o Milton e a Yára para o Estadual da Penha, também no centro da Penha.
Fomos morar num conjunto de edifícios na Rua Padre Benedito de Camargo, que por coincidência estes edifícios pertenciam ao Prefeito de Guarulhos, Fioravante Iervolino, onde era proibida a presença de animais nos prédios.
Devido a isto, tivemos que dar nosso cachorro, o Dique, um Terrier branco, para um colega de meu pai que residia em Guarulhos e isto foi traumático tanto para nós como para o Dique.
Mudar da Base foi muito triste, deixar os amigos, o meu telhado da casa onde eu vivia passando meu tempo e sonhos, foi realmente difícil para todos nós.
Passados alguns dias da mudança para a Penha, fomos informados pelo Sargento Almada que o Dique apareceu na Vila e passou a noite inteira chorando em nossa antiga casa, raspando as unhas nas portas querendo entrar.
O Sargento Almada com pena do Dique o recolheu e meu pai, no dia seguinte o levou de volta para o novo dono.
A explicação é que ele escapou da casa em Guarulhos e seguiu pela Av Monteiro Lobato por 14 km e conseguiu encontrar nossa casa de Cumbica.
Minha casa em Cumbica
Nós sentíamos muitas saudades de nosso companheiro de muitas brincadeiras e um dia, passando de carro por Guarulhos, vimos o Dique solto dentro de um bar no Centro de Guarulhos. Meu pai parou o carro, gritamos por ele e ele disparou para dentro do carro nos lambendo e chorando. Todos nós choramos, mas tivemos que o levar outra vez para o novo dono.
Aquele ano demorou muito para passar e quando retornamos para Cumbica em Janeiro de 1964. Fomos morar a duas casas depois da antiga na Av 2 e o novo dono não mais quis nos devolver o Dique, pois já havia afeto do cachorro com os filhos dele e nunca mais vimos o Dique.
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