Os jogos eram realizados num belo campo de futebol, todo gramado, que ficava próximo ao Prédio do Comando.
Porém, também era comum completar o time com os filhos dos sargentos, visto que num sábado nem sempre se conseguia completar o número exigido e mais alguns reservas.
Num destes jogos, numa tarde de verão, eu, meu irmão Milton, o Ricardo (filho do SO Alberto), fomos "convocados". Eu estava com 16 anos.
O Juiz era o SO Thomaz, que era também Juiz da Ferderação Paulista de Futebol.
A partida se desenvolvia normalmente, estava no segundo tempo e o placar ainda em zero a zero.
Quando deu 18:00 horas, começou o toque de recolher da Bandeira Nacional no pavilhão em frente ao Comando da BASP e, o que sempre foi normal, todos paramos imediatamente. Os Sargentos, enquanto a Bandeira era retirada, todos faziam continência e nós, os filhos também paramos e nos direcionamos à Bandeira em sinal de respeito.
Entretando, o time adversário, de posse da bola, dirigiu-se ao ataque, sem qualquer resistência, fez o gol e todos se abraçaram com algazarra.
Terminado o toque de recolher, o SO Thomaz pegou a bola e deu FALTA, anulando o gol.
Correria geral, todos perguntaram a ele o porque da anulação do gol e o porque daquele ato.
O SO Thomaz disse:
--- FOI FALTA GRAVE.
Muitos protestos e perguntaram:
--- Que falta?
Ele respondeu:
--- FALTA DE RESPEITO COM NOSSA BANDEIRA!
Sem mais reclamações, a partida continuou e ganhamos por 2 X 0.
BASP 1968.
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