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sábado, 13 de agosto de 2011

VAMOS ACABAR COM O MUNDO !!!

Cuba Libre

Vila dos Sargentos


Um belo dia, depois de uma semana muito calma, vi pintado a cal num poste em frente a casa de Dona Sum, na vila dos sargentos, a frase: " VAMOS ACABAR COM O MUNDO ".

Exatamente este poste inclinado

Da mesma forma, toda nossa turma também leu e todos fomos à casa da Dona Sum ver do que se tratava aquele chamado.

Ela nos comunicou, juntamente com o Giba, seu sobrinho, que naquele sábado iria fazer uma festa de arromba, pra "acabar com o mundo", com a presença de todos. Ficou combinado que os homens levariam bebidas (bastante Run e Coca Cola) e as meninas Salgados e doces.

O Reinaldo providenciou lâmpadas de luz negra e globo giratório com pastilhas espelhadas, incrementando bem a sala, que ficou parecendo uma boite.

A movimentação foi generalizada com a preparação da festa.

Muitos discos Long Play e  Compactos ( naquela época só existia de vinil) foram providenciados: Beatles, Roling Stones, Pepino di Capri, The Papas and Mamas, Renato e seus Blue Caps, Jorge Ben, Ray Connif, Martinho da Vila, Tim Maia, etc.

As meninas de foram em peso: Yára, Cristina Othechar, Mercedes e Maria das Graças Casal, Sonia (irmã do Sílvio), Sonia Alves, as gêmeas Marilda e Marilza, Lilian Arno, Wendie Piccinini, Telma e Sudelma Thomás, além de outra irmã do Giba, a Kátia, a Ernestina que era a empregada da Sum e mais algumas convidadas residentes em Guarulhos.

Como não poderia deixar de ser, a festa se desenrolou na maior alegria e em alguns momentos com muita algazarra, e a Dona Sum gritava "vamos acabar com o mundo pessoal!!" e a farra aumentava.

A "cuba libre", bebida da moda, foi distribuída fartamente, tão fartamente que em dado momento vimos o Paulinho (Paulo Antônio) aparentemente dormindo sentado.

Tentamos acordá-lo, mas o garoto estava "travado" de tanto beber.
O levamos no colo até a piscina do Clube dos Sargentos, jogamos água no rosto dele, tentamos de tudo e nada dele acordar.

Piscina do Clube dos Sargentos

Não houve saída, chamamos o Milton que o levou ao pai dele, Sargento Paulo Antônio, que o levou ao Hospital da Base onde o médico informou que ele estava em coma alcoólica, entrando no soro de glicose, portanto fim de festa para o Paulinho.

Já tarde, as meninas se retiraram ficando apenas as convidadas da Dona Sum e a Ernestina.

"Estranhamente", de vez em quando, sumia o Sílvio e a  Ernestina, depois o João e a Ernestina, o Giba e a Ernestina. Um mistério que logo deixou de ser mistério com a bondosa Ernestina.

Após alguns anos ainda se lia no poste meio apagada a fraze de uma noite em que o mundo quase acabou .

Um comentário:

  1. Caro amigo Edson, aquele tempo foi imperdível. Estou preparando alguns contos sobre nossa vida em Cumbica.
    Abs do amigo Lucelio Garcia

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