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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A SUPER PIPA

Pipa barraca

Com o despertar do outono, em Cumbica, um festival de pipas coloridas começavam a mostrar todo seu colorido no ar.

A maioria das pipas eram dom tipo "Maranhão", com as cores do Corinthians, Palmeiras, Flamengo, Vasco e muitos outras cores.

A Vila dos Sargentos, pelo seu local privilegiado, alto, vento é que não faltava, principalmente no outono e o alvoroço em fazer pipas era geral.

Num belo dia de minha infância, com uns nove anos de idade, meu pai apareceu com bambus, papel tipo embrulho de cor alaranjada, cola, barbantes, chamou a mim e meu irmão para fazermos uma pipa.

Eu vi que a pipa era de tamanho "enorme" e meu pai a chamou de "barraca". No topo da pipa ele colou uma faixa de papel que deveria fazer forte ruído com o bater do vento.

A pipa feita, seca, com um enorme "rabo" de papel, tirante bem medido a fim de dar estabilidade, porém com o vento forte, meu pai comprou um carretel de linha de nylon de pesca, preparou tudo e fomos fazê-la levantar voo.

Fácil demais....com o vento, a pipa logo subiu bem alto e a faixa de papel fazia um forte ruído como se fosse um motor. Para evitar a guerra de pipas, meu pai escolheu o horário do almoço naquele fim de semana e lá estávamos eu, meu irmão e meu pai delirando de alegria vendo a "barraca" ruidosa no ar.

O campinho "graminha", local onde soltamos a pipa


Entretanto, o vento soprou muito forte, eliminando a "barriga" da linha. Meu pai não podendo recolher a pipa devido a força que ela fazia, deu mais linha e ela subiu muito, porém a linha continuava muito esticada e forçando demais até.......estourar!!!!

A pipa solta, puxada pelo vento forte começou a cair e rapidamente, de tal forma que ficamos olhando ela descendo...descendo....até que caiu em cima dos fios elétricos da Av 3, mais abaixo e com o vento, ela enrolou nos fios que ao se chocarem, um festival de faiscas de cores azul esverdeadas com forte barulho de curto circuito, fez com que todos saíssem à rua para ver o que acontecia.

A pipa pegou fogo e o curto acabou.

Sem pestanejar, corremos todos para dentro de casa e ficamos bem quetinhos assustados.

Nossa casa e a "graminha", acima do barranco


De repente, chegou minha mãe com uma bela macarronada e frango assado dizendo..."acho que o frango queimou um pouco, mas dá pra comer".

Numa gargalhada geral, almoçamos alegres, sem a minha mãe entender o que aconteceu.

No final do almoço ela perguntou:
--- E a pipa?

Meu pai..."queimou um pouco, mas não dá mais pra voar"

Algazarra geral!!!!!

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