Quando chegava a época das férias escolares, a criançada das vilas, sentiam falta de atividades de férias.
Numa idéia muito boa, o Sgto Evangelista e Sgto Xavier bolaram um tipo de "Colônia de Férias" e, com a aprovação do comando da BASP, a lagoa da base foi preparada para receberem as crianças.
Na lagoa, foi feita uma praia artificial, com areia e dentro da lagoa foi delimitado com estacas e cabo de aço a área permitida para a natação e brincadeiras na água, área esta que dava pé a maioria das crianças.
Praia artificial ainda existente
Nas areias da praia foram colocados alguns decks de madeira para banho de sol.
Aos sábados e domingos, o ônibus da base passava nas vilas dos oficiais e sargentos para levar a criançada para a lagoa, com os cuidados dos Sgtos Evangelista e Xavier.
Num destes sábados, a lagoa numa algazarra total da criançada, alguns filhos de sargentos e oficiais pegaram dois decks de madeira e foram flutuando neles para o meio da lagoa, sem que os tutores vissem e num destes decks, o fllho do Sgto Afonso, o Adolfinho, meu colega de classe, tentou ficar em pé e fatalmente escorregou, batendo a cabeça no deck e afundou na lagoa.
Gritaria de socorro e os Sgtos Evangelistas e Xavier em diversos mergulhos na tentativa de localizar o Adolfinho que subia à tona e em seguida afundava.
Passado algum tempo, conseguiram resgatar o Adolfinho, que infelizmente era tarde demais, e não conseguiram reanimá-lo.
No próprio sábado, numa tristeza enorme, todos compareceram ao velório do Adolfinho, realizado dentro de sua própria casa e vi meu amiguinho lá deitado no caixão e eu não entendia porque com meus 9 anos.
No Domingo, o féretro saiu em direção ao Cemitério de Guarulhos onde o Adolfinho está em sua morada final até hoje.
Foram os dias mais tristes da história da BASP
Lagoa da BASP
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